O João e a sua mãe costumavam olhar juntos o ceu.
-Mamá, eu quero ir à lua.
-Cala, menino. Não sabes o que estás a dizer. À lua só vão os poetas ou os loucos. Nem sequer todos os astronautas lá vão.
-Mas eu quero ir...
Inconformado, o pequeno Jão começou os preparativos para a viagem. O seu maior problema era como se propulsar até a lua. Tinha observado que quando abres uma garrafa de sidra depois de a agitar, a rolha sae disparada para cima e bate contra o tecto. Talvez aquela força fosse suficiente para lhe aproximar da lua. Na sua casa havia uma garrafa de sidra guardada para o Natal. Apanhari-a emprestada e voaria à lua montado na rolha. A descolagem teria lugar no jardim da casa à noite entanto a sua mãe durmesse. Aquela operação chamaria-se “sidra” em reconhecimento a tão singular propulsor e levaria também algum número no nome. Tinha visto nos filmes que os projectos espacias soem ser baptizados assim. Escolleu uma soma (“2+5”) e acrescentou “=8” porque nunca tinha sido muito bom em Matemática.
-Olá, lua.
-Olá, João.
-Como é que sabes o meu nome?
-Porque mo dixo o sol. Ele sabe os nomes de todas as crianças. Sae de dia e vê e ouve todo, não como eu, que apenas velo os vossos sonhos.
-És muito bonita, lua.
-Tu também, mas chega de piropos. Tenho de me ir para que saia o sol. Além disso, a tua mãe está a ponto de acordar e vai-se preocupar muito se não te vê em casa. Tens de regressar à terra.
A volta à terra foi singela. O João deixou-se escorregar pelo contorno da lua e depois, ajudado por um dos chapéus-de-chuva que a lua utiliza quando chove (em cima da lua também há nuvens), descendeu suavemente até a não menos macia e afofada erva do jardim da sua casa.
O Jão nunca disse a sua mãe que tinha ido à lua. Ela não haveria acreditado nele e, de todas maneiras, chegava-lhe com a cumplicidade da sua nova e reluzinte amiga.
-À lua... Olha que querer ir á lua...
-Algum dia serei um poeta e lá irei.
-Sim, mas antes tens de estudar muito. E olhar muito o ceu...
-Mamá, eu quero ir à lua.
-Cala, menino. Não sabes o que estás a dizer. À lua só vão os poetas ou os loucos. Nem sequer todos os astronautas lá vão.
-Mas eu quero ir...
Inconformado, o pequeno Jão começou os preparativos para a viagem. O seu maior problema era como se propulsar até a lua. Tinha observado que quando abres uma garrafa de sidra depois de a agitar, a rolha sae disparada para cima e bate contra o tecto. Talvez aquela força fosse suficiente para lhe aproximar da lua. Na sua casa havia uma garrafa de sidra guardada para o Natal. Apanhari-a emprestada e voaria à lua montado na rolha. A descolagem teria lugar no jardim da casa à noite entanto a sua mãe durmesse. Aquela operação chamaria-se “sidra” em reconhecimento a tão singular propulsor e levaria também algum número no nome. Tinha visto nos filmes que os projectos espacias soem ser baptizados assim. Escolleu uma soma (“2+5”) e acrescentou “=8” porque nunca tinha sido muito bom em Matemática.
-Olá, lua.
-Olá, João.
-Como é que sabes o meu nome?
-Porque mo dixo o sol. Ele sabe os nomes de todas as crianças. Sae de dia e vê e ouve todo, não como eu, que apenas velo os vossos sonhos.
-És muito bonita, lua.
-Tu também, mas chega de piropos. Tenho de me ir para que saia o sol. Além disso, a tua mãe está a ponto de acordar e vai-se preocupar muito se não te vê em casa. Tens de regressar à terra.
A volta à terra foi singela. O João deixou-se escorregar pelo contorno da lua e depois, ajudado por um dos chapéus-de-chuva que a lua utiliza quando chove (em cima da lua também há nuvens), descendeu suavemente até a não menos macia e afofada erva do jardim da sua casa.
O Jão nunca disse a sua mãe que tinha ido à lua. Ela não haveria acreditado nele e, de todas maneiras, chegava-lhe com a cumplicidade da sua nova e reluzinte amiga.
-À lua... Olha que querer ir á lua...
-Algum dia serei um poeta e lá irei.
-Sim, mas antes tens de estudar muito. E olhar muito o ceu...
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